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Texto Orientador 

Nova Friburgo, visão de futuro: Macro cenário para o ano de 2050

 

Nova Friburgo é uma Cidade Sustentável, com 85% de sua área territorial coberta por florestas primárias e secundárias do bioma da Mata Atlântica.

 

A indústria do turismo alavanca a economia do Município e está inserida na geração de renda para a população. Na abrangência deste nicho econômico, floresce também o turismo de negócios, decorrente das indústrias dos setores metalmecânico, agronegócios, agroecologia, indústria da moda, indústria do conhecimento, dentre outros de menor expressão. A consciência ambiental é transversal e proporciona a perenidade da preservação ambiental, que é disseminada através de um amplo programa de educação ambiental que atinge todos os níveis da população.

 

A cidade tem reserva hídrica para os próximos 100 anos.

 

Todas as terras estão regularizadas, ou seja, não existem loteamentos irregulares.

 

O monitoramento de todo o território é feito em tempo real e controlado por veículos aéreos não tripulados, operados pelo setor público.

 

 

Não há segregação entre o urbano e o rural, estando um setor intrinsecamente ligado ao outro. As possibilidades de ruralização são demarcadas por um ambiente de dignidade humana e prosperidade. Não existe o abandono dos produtores rurais. Governantes e Governados construíram consensualmente um ambiente em benefício da Vida Humana, perfeitamente equilibrado com os demais seres vivos, o que garante a gestão integral do território, do habitat, da produtividade e da moradia.

 

Todos os rios têm suas calhas desocupadas e suas faixas marginais de proteção cobertas por mata ciliar e transformadas em parques lineares, quando possível e/ou necessário.

 

Todas as áreas de risco ou perigo foram mapeadas e a ocupação para urbanização foi precedida de medidas de estabilização geotécnica, aprovadas pelo setor técnico específico da prefeitura.

 

Todos têm acesso aos meios de transporte público eficiente, não poluente e que atende a toda população, garantindo inclusive a mobilidade e acessibilidade urbanas com ênfase à utilização de veículos não motorizados.

 

Os sistemas de educação e cultura transcendem as salas de aula e as instituições educacionais. A cidade funciona como um ecossistema educativo, que de maneira intencional, trouxe para os bairros um cenário universal de aprendizagem e de exercício cidadão. A educação, a cultura e a estética, são as ferramentas que garantem a equidade e o desenvolvimento humano, e são a base para o projeto ético de cidade.

 

O cidadão se orgulha da cidade e do habitat, onde os bairros são extensões de seus lares.

 

O sistema de saúde (público e privado) é universal e visa o bem estar e o bem comum dos cidadãos de forma includente e integral. As escolas de medicina e odontologia proveem a cidade de profissionais preparados para o equilíbrio e a manutenção da saúde preventiva.

 

A capacidade instalada do setor público de saúde mantém o equilíbrio e a equidade nos atendimentos de baixa, média e alta complexidade. Os cidadãos orgulham-se do sistema de saúde da cidade, e participam ativamente dos projetos de corresponsabilidade na governança e nos objetivos da saúde integral, desde o pré-natal até a terceira idade.

 

A cidade avança no seu projeto de “CIDADE PARA A VIDA”, ancorada em princípios que regem o exercício de governo e de cidadania, dentre os quais destacamos:

 

 

Transparência

 

Superamos as perspectivas mais profundas de todas, que definem a noção de bom governo e conseguimos converter a base determinante da cultura e da legalidade no território. Dessa forma, toda cidade tem, de forma consensual, uma perspectiva ética a partir da qual constitui em si mesma a missão de educar, pois a transparência é o agente essencial que rege a forma de governo e as maneiras como ele se relaciona com a comunidade.

 

Este critério determina incansavelmente a busca de formas que potencializem as convocatórias públicas e licitações transparentes para as contratações. Os exercícios de prestação de contas, os observatórios e os sistemas de acompanhamento dos indicadores de qualidade de vida da cidade.

                  

 

Participação

 

Entendemos a participação como exercício perene de corresponsabilidade para a construção do coletivo. Temos a consciência consensual de que o projeto de sustentabilidade para a cidade requer uma visão de longo prazo, estratégica e participativa, de consenso e com liderança.

 

Toda a nossa sociedade participa permanentemente do esforço político e técnico, que inclui todos os setores que pensam de maneira coletiva, como deve ser nosso bairro, nossa cidade, como procedemos para que alcancemos os objetivos acordados.

 

Conseguimos desenvolver lideranças cidadãs, com forte critério político, cívico e de participação nos projetos urbanos. Prevalece nas comunidades a deliberação qualificada, com programas de formação cidadã onde sobressaem o desenvolvimento do planejamento local, o orçamento participativo e o exercício de acordo com a cidadania para projetos estratégicos de cidade, com programas que beneficiam e enfatizam o bem viver.

 

 

Não Violência

 

Entendemos que a não violência é o princípio que reconhece o valor das manifestações cidadãs, que elegeram a memória como ferramenta de resistência e construção.

 

Como contrapeso efetivo contra a violência, a resolução pacífica de conflitos é uma ferramenta cotidiana. A resiliência é fator que define, é aprendizagem contínua e de desenvolvimento de uma cidadania cultural que transforma a cidade a partir do respeito pela vida, pelo reconhecimento do outro e, essencialmente, pelo amor como caminho de construção de cidade. As iniciativas cidadãs pela vida são eixos de encontro, de proposta e resposta entre a sociedade civil e o Estado. As manifestações sociais e artísticas são sinais de vida e não violência, que expressam um desafio vital, por meio de novos espaços de integração e de ambientes de aprendizagem que partam do reconhecimento e não da exclusão.

 

 

Inovação

 

Entendemos que novos tempos implicam em novos desafios, e os mesmos desafios de ontem exigem novas soluções.

 

Somos conscientes de que a inovação é nossa filosofia, e que ela supera as estratégias para as transformações permanentes a que estamos submetidos através da geração contínua de espaços, e processos que impactem positivamente e de maneira generalizada as matizes plurais de nossa sociedade, na geração de espaços e processos.

 

Entendemos que precisamos manter vivos e perenes os programas e políticas de incentivos e apoio para investigação, urbanismo inclusivo, abertura, internacionalização e intercâmbio constante. Tais princípios nos garantem a plataforma que sustenta esta visão estratégica de cidade, e abrem caminho para que, permanentemente, diferentes setores adotem um enfoque que tenha a lógica do desenvolvimento humano e da equidade.

 

Enraizados no consenso de desenvolvimento integral pela vida, a sociedade pratica os princípios da educação e cultura, da institucionalização e justiça, do ambiente sustentável, da inclusão e bem-estar, e do desenvolvimento econômico com equidade a serviço de toda a coletividade e do bem comum de seus cidadãos.

 

 

                                                                                                          Nova Friburgo, 30 de Abril de 2014

 

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